quarta-feira, 18 de março de 2015

Estreia de curta-metragem QUIETUDE no FANTASPORTO '2015

A minha curta-metragem musical QUIETUDE teve a sua estreia no FANTASPORTO '2015, no passado dia 4 de Março. Esteve integrada na Seleção Oficial do Festival e foi nomeada para o Prémio de Melhor Filme Português (Curta-Metragem).

Uma grande satisfação tiro de estrear este filme naquele que é o grande festival de cinema da minha cidade e o maior do país. Mais ainda pelo fato de, pelo segundo ano consecutivo, ter uma curta-metragem nomeada para o Prémio de Melhor Filme Português do FANTASPORTO.

QUIETUDE é a terceira parte de uma trilogia acerca do Amor Perdido e acompanha as deambulações solitárias da personagem masculina (o primeiro filme é sobre a personagem feminina e o segundo sobre o casal). Transcrevo aqui a nota de intenções do filme: "QUIETUDE é sobre estar no tempo passante, o sentir, o olhar, o querer captar um algo...esse algo evanescente que não se regista...no fim é um banco vazio que fica, o vazio da quietude da alma...". Bem como a sua sinopse: "...João vagueia. O jardim é um ponto de passagem. Nele passa tempo, pensando em Maria, já sem ela. Em quietude, deixa o tempo passar...".

O filme é interpretado por um dos bons atores do Porto, o José Pedro Ferraz, com o qual já trabalhei inúmeras vezes e que tem sempre trazido a sua extensa experiência, muitas vezes sobre a forma de contribuições válidas para a própria realização.

Enquanto filme que se integra na corrente de cinema de autor, todo ele foi pensado numa lógica de pura "quietude", no sentido em que escolhi filmá-lo com poucos planos de duração precisa (só um ou dois é que têm uma duração maior) e em que o tempo de perceção e leitura do plano levariam (esperançosamente) a uma certa placidez. Numa altura em que tudo é rápido, esta personagem simplesmente deixa o tempo passar.